Os templates prontos são a saída toda vez que bate aquele bloqueio mental na hora de escrever e-mails.
E, quem nunca copiou um modelo pronto, que atire a primeira pedra.
Mas, mesmo sendo uma prática comum – principalmente quando falamos de e-mails de vendas – esta não é a melhor solução.
Afinal, ao fazer uma mera cópia, você perde a autenticidade e compromete a personalização – duas palavras de ordem quando o assunto é vender.
Aliás, essas são apenas duas razões para você fugir dos templates prontos. Conheça hoje os 7 motivos para evitá-los:
- Você perde a autenticidade
- Templates prontos são genéricos
- Modelos prontos causam conflito de comunicação
- Você corre o risco de ter seus e-mails marcados como spam
- Templates prontos acabam com sua credibilidade
- Existem outros métodos melhores para te ajudar a compor seus e-mails
- Os gatilhos mentais também podem ser utilizados no lugar dos templates prontos.
7 motivos para evitar modelos de prontos e-mails e personalizar sua comunicação
Você pode estar pensando: “se eu copio um template de e-mail pronto, mas uso os campos personalizados, isso por si não é personalizar?”
Infelizmente, a resposta é não.
Claro, que usar o nome do potencial cliente, da empresa e/ou o segmento em que ele trabalha é uma excelente prática – que já melhora bastante suas taxas abertura e pode influenciar nas taxas de cliques e respostas.
Mas simplesmente usar essas variáveis já não é suficiente.
Vivemos na era da informação, e agora as pessoas já sabem que o nome delas e da empresa em que trabalham pode ser incluído automaticamente em um e-mail.
Para mostrar que você realmente se empenhou em escrever um e-mail que falasse diretamente com elas, é preciso se aprofundar nas dores e desejos específicos daquele cliente.
Só de conseguir usar essa personalização avançada – que fala a clientes segmentados (seja por dor, desejo, segmento, motivo de perda, etc), você já consegue resultados significativos.
Resumindo: e-mails que vão além da personalização básica (nome da empresa, nome do cliente) conseguem alcançar uma taxa de resposta de 17%.
Enquanto aqueles que apenas usam um template pronto e variáveis como {{nome}} e {{empresa}} conseguem apenas 7% de taxa de resposta.
Mas não para por aí: ainda temos 7 motivos para você evitar a cópia dos templates prontos:
1 – Você perde a autenticidade ao usar um templates prontos
Basta uma simples busca no Google e você vai achar uma infinidade de templates prontos, já com os espaços para alterar o nome do cliente, o nome da empresa, etc.
Mas, mesmo que seja prático, você precisa saber que esses modelos não estão sendo usados só por você.
Pense: quantas pessoas acessam aqueles posts de blog ou baixam aquele e-book repleto de templates prontos?
Certamente muitos!
Ou seja, sem dúvida, em algum momento, seu potencial cliente já recebeu pelo menos um e-mail dentro deste padrão.
E aí, mesmo com todos aqueles campos personalizados, você ainda vai parecer um em um milhão.
2 – Os templates prontos são genéricos
Dê uma boa olhada nos templates prontos que você já usou.
Eles são empáticos e emocionais?
Geralmente não, porque eles são moldes feitos para serem replicados. Então, não conseguem atingir o grau de especifidade necessária para conseguir realmente “tocar o coração do cliente”.
Por que eu preciso atingir o emocional do potencial cliente? É um e-mail de vendas, não uma declaração de amor…
Você precisa disso porque, mesmo quando falamos do mercado B2B – onde se supõe que as decisões de compra sejam mais racionais – ainda há uma grande interferência do emocional.
Isso pode ser a diferença entre conquistar um cliente ou perdê-lo de vez.
3 – Causam conflito de comunicação
Sua linguagem e tom de voz ao falar com os potenciais clientes deve ser a mesma: seja no site, nas redes sociais, no blog e – finalmente – na sua abordagem por telefone e e-mail.
Porém, quando você decide usar um template pronto, nem sempre a linguagem empregada no modelo está alinhada a que é utilizada pela sua marca.
Isso causa um conflito de comunicação que leva a uma experiência desconfortável para o cliente.
Afinal, existe um motivo para que aquele tom de voz e linguagem tenham sido escolhidos: eles se basearam especificamente no perfil do seu comprador e considerou seu comportamento, sua cultura e outros dados característicos do seu público em especial.
Por isso a disruptura causada pelo conflito de comunicação fornece uma experiência desagradável ao cliente e gera inconsistência na identidade da sua marca.
4 – Templates prontos podem fazer seus e-mails serem considerados spam
Se o template que você decidiu usar se parecer muito com algo que seus potenciais clientes já viram milhões de vezes, eles podem entender essa comunicação como algo robotizado e sem relevância.
E este é o caminho mais rápido para seu e-mail ser marcado como spam.
O que é algo duplamente ruim.
Primeiro porque ser marcado constantemente como spam vai fazer os filtros dos e-mails te considerarem uma “má reputação” e bloquear seu domínio.
E segundo porque, com isso, você corre o risco de nunca mais conseguir contato com esses compradores de novo.
5 – Seu cliente pode pensar que você não entende de verdade as dores e desejos dele
Outro ponto negativo de usar templates prontos genéricos é que eles podem destruir sua credibilidade.
Isso porque os compradores, ao lê-los, podem pensar que você não compreende as dores e desejos deles.
Pior ainda: que sua marca não é uma autoridade no assunto, que tenha soluções reais para os problemas deles e, por isso, não deve ser vista como uma alternativa viável.
E isso é o oposto da imagem que você quer passar, certo?
6 – Porque existem vários métodos para compor e-mails personalizados e atraentes
Escrever e-mails de vendas não é uma tarefa fácil, isso é indiscutível.
Mas, mesmo que os templates prontos sirvam bem como ponto de partida para ter ideias, usar uma cópia exata, substituindo apenas os campos personalizáveis não é a melhor saída.
Sem falar que um desperdício de tempo: já sabemos que abordagens genéricas não convertem.
Em vez disso, prefira usar métodos para estruturar sua mensagem. Como, por exemplo, o BAB (before, after, bridge):

Nesse método, você usa a estrutura:
- Antes (before): mostra a situação problemática atual do potencial cliente
- Depois (after): apresenta um cenário onde o problema do cliente foi resolvido
- Ponte (bridge): aponta o meio pelo qual o problema pode ser resolvido
- CTA: indica a ação que o comprador deve tomar para alcançar o cenário ideal.
Outro método eficiente é o PAS (problema, agitação, solução):

Sua estrutura é assim:
- Problema: primeiro, você apresenta um ponto de dor
- Agitação: em seguida, agita aquele ponto de dor
- Solução: por fim, você oferece a solução para a dor.
Um método que também é muito utilizado é o AIDA (atenção, interesse, desejo, ação):

Nele, a estrutura funciona assim:
- Atenção: prenda a atenção do leitor
- Interesse: torne pessoal para envolver o interesse dele
- Desejo: crie desejo pelo que você está oferecendo
- Ação: peça uma resposta.
Existem diversos outros métodos para você estruturar uma mensagem personalizada. Basta pesquisar.
7 – Porque você pode usar gatilhos mentais
Você também pode tornar seus e-mails mais atraentes, sem precisar copiar templates prontos, usando os gatilhos mentais.
Você pode usar a prova social – um gatilho muito utilizado para mostrar que muitas outras pessoas já usam a solução oferecida.
A prova social também pode ser representada através de depoimentos de clientes satisfeitos.
Isso funciona porque todos nós sempre pensamos: “se todas essas pessoas usam esse produto/serviço, é porque deve ser bom”.
O gatilho mental da autoridade também é bastante eficaz, pois mostra que a solução é aprovada por uma autoridade no assunto.
E, se aquela autoridade atesta a qualidade do produto ou serviço, é porque realmente deve ser bom, certo?
A urgência é outro gatilho mental muito utilizado nos e-mails de vendas, geralmente para apressar uma decisão através da abordagem de tempo limitado.
Na mesma linha da urgência, temos o gatilho social da escassez – que apresenta uma quantidade limitada de produtos para que o comprador sinta que se demorar demais para comprar, quando finalmente decidir, as unidades terão acabado.

Para usar os gatilhos corretamente, lembre-se de considerar o estágio em que o potencial cliente está na jornada de compra.
Afinal, escassez e urgência – por exemplo – não são as melhores abordagens para um comprador que ainda está no estágio de descoberta ou consideração.
Conclusão
Diante do desafio de escrever e-mails de vendas com potencial para conversão, muitas vezes recorremos aos templates prontos.
Mas, mesmo que essa seja uma alternativa prática, ela não deve ser utilizada como uma mera cópia, onde se trocam apenas os campos personalizáveis.
Os templates devem servir mais como guias, para te mostrar uma possível direção sobre o que falar ou trazer ideias de abordagens.
Afinal, ao usar os modelos prontos exatamente como são, você perde a personalização e autenticidade.
E isso pode fazer com que seu público não perceba sua marca como uma verdadeira autoridade no assunto e sua solução pareça pouco confiável.
O que pode inclusive fazer com que seus e-mails sejam considerados como spam.
Além disso, a linguagem dos templates prontos nem sempre se alinha à da sua marca, perdendo a consistência da comunicação e causando uma experiência ruim ao cliente.
Por isso, em vez dos modelos prontos, considere usar estruturas para organizar suas ideias em uma mensagem atraente, original e relevante – sem ser uma simples cópia.
Os gatilhos mentais também ajudam a compor e-mails que mostrem ao comprador a importância e credibilidade da sua solução.
Ninguém está dizendo que vai ser fácil. Mas todo o esforço vale a pena para melhorar suas conversões e potencializar seus resultados.
Sucesso!

Jéssica Muller
Mãe, sagitariana, geek e apaixonada por leitura (leio 150 livros por ano). Pode me chamar de príncipe dos Sayajins.
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